- Vendedor de Comércio Varejista: -180.258
- Atendente de Lanchonete: -45.170
- Auxiliar de Escritório, em Geral: -42.775
- Operador de Caixa: -40.682
- Cozinheiro Geral: -38.963
- Garçom: -34.171
- Auxiliar nos Serviços de Alimentação: -33.774
- Assistente Administrativo: -33.675
- Trabalhador da Cultura de Cana-de-Açúcar: -30.985
- Recepcionista, em Geral: -23.385
- Faxineiro: -22.918
- Atendente de Lojas e Mercados: -22.401
- Almoxarife: -21.165
- Trabalhador no Cultivo de Arvores Frutíferas: -17.496
- Camareiro de Hotel: -16.962
- Frentista: -16.046
- Promotor de Vendas: -15.395
- Alimentador de Linha de Produção: -14.960
- Supervisor Administrativo: -14.815
- Costureiro na Confecção em Série: -12.190
- Ajudante de Motorista: -12.120
- Assistente de Vendas: -10.415
- Operador de Telemarketing Ativo e Receptivo: -10.233
- Motorista de Ônibus Rodoviário: -9.851
- Gerente Administrativo: -9.605
- Costureiro, a Máquina na Confecção em Série: -9.460
- Pedreiro: -9.458
- Motorista de Ônibus Urbano: -9.279
- Trabalhador Polivalente da Confecção de Calçados: -9.100
- Vendedor em Comércio Atacadista: -9.068
Menos escolarizados são mais afetados
O maior fechamento de vagas se deu entre níveis de escolaridade mais baixos, com exceção dos analfabetos, que foram os menos afetados. Lideram no saldo negativo de vagas os profissionais com nível médio completo, seguidos de quem tem fundamental incompleto e completo. Além dos analfabetos, o desemprego afetou menos os profissionais de nível superior.
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Já em relação à faixa etária, profissionais de 30 a 39 anos foram os mais afetados: 368,2 mil vagas fechadas. A única faixa etária que teve saldo de vagas positivo foi até os 17 anos.
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Saldo de vagas por faixa etária — Foto: Economia G1
Na crise, mais qualificados perdem menos
Para Daniel Duque, pesquisador do FGV Ibre, os números apontam que os trabalhadores mais qualificados tiveram uma piora bem menos significativa.
“Quanto ao salário de admissão do Caged, eles aumentaram. Isso significa que estão sendo expulsos do mercado de trabalho aqueles com menores rendimentos, e os empregos formais criados no período de pandemia são os de maior salário, então você vê uma mudança de composição do mercado de trabalho”, comenta.
Juliana Inhasz, coordenadora da graduação em economia do Insper, afirma que os efeitos para o trabalhador desempregado com renda mais baixa serão mais perversos porque, no geral, ele possui qualificação menor e terão de disputar vagas com aqueles que têm qualificação maior. Daniel Duque considera que, quando há uma crise no mercado de trabalho, os mais atingidos são os que têm menor qualificação, em especial os jovens com menos experiência e menos a oferecer.
“Então as pessoas que têm menor escolaridade e menos qualificação terão mais dificuldade de se recolocar do que quem tem formação superior e especializações. Os jovens tiveram a possibilidade do serviço de entrega que foi um certo colchão”, afirma.
Fonte: G1