Desemprego sobe para 12,9% em maio e país tem tombo recorde no número de ocupados Publicado por Diversas Vagasem País perdeu 7,8 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. Já número de empregados com carteira assinada caiu para o menor nível da série histórica do IBGE. Desalento também bateu novo recorde. A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio, atingindo 12,7 milhões de pessoas, e com um fechamento de mais de 7 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação cresceu 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (11,6%) e 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%). Já o número de desempregados teve aumento de 3,0% (368 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (12,3 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável frente a igual trimestre de 2019 (13 milhões de pessoas). População ocupada tem queda recordeA população ocupada no país teve queda recorde de 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em 3 meses e encolheu para um total de 85,9 milhões de brasileiros. Na comparação com maio do ano passado, a queda também foi recorde, de 7,5% (7 milhões de pessoas a menos). “É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”, afirmou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. Desalento recordeA população desalentada (pessoas que desistiram de procurar emprego) bateu um novo recorde, somando 5,4 milhões, com alta de 15,3% frente ao trimestre anterior e de 10,3% frente a igual período de 2019. Emprego com carteira assinada desabaJá o número de empregados com carteira de trabalho assinada caiu para 31,1 milhões, menor nível da série. O número representa um recuo de 7,5% (menos 2,5 milhões de pessoas) na comparação com o trimestre anterior e queda de 6,4% (menos 2,1 milhões de pessoas) na comparação anual. O período foi marcado por grande dispensa de pessoal e desistência de trabalhadores em procurar trabalho em meio à pandemia. Na véspera, o Ministério da Economia divulgou que o país fechou 331.901 vagas com carteira assinada em maio, elevando a 1,487 milhão o número de postos de trabalho formais eliminados desde março. Outro levantamento divulgado na semana passada pelo IBGE mostrou que, entre os dias 3 de maio e 6 de junho, aumentou em cerca de 1,4 milhão o número de desempregados no país, a maioria no Sudeste. Em meio a um cenário de recessão e previsão de tombo do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, o Ibre/FGV projeta que a taxa média de desemprego em 2020 deva atingir 18,7%. Na véspera, dados divulgados pelo Ministério da Economia mostraram que a economia brasileira perdeu 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada entre os meses de março e abril. Apenas em abril, foram fechados 860,5 mil postos de emprego formal, o pior resultado para um único mês em 29 anos, segundo dados do Caged. Fonte: G1 Continue lendo Artigo anterior Home office definitivo? Para 74% das empresas no Brasil, a resposta é simArtigo seguinte Brasil fecha quase 332 mil vagas de trabalho em maio; na pandemia, já são 1,487 milhão